5 passos para o Diagnóstico do Autismo

5 passos para o Diagnóstico do Autismo

Isso acontece porque algumas alterações genéticas associadas ao autismo também podem ser encontradas em pessoas que não têm TEA. A ciência também já comprovou que nem todas as pessoas expostas a um fator de risco ambiental, por exemplo, vão desenvolver o TEA. Bem, como explicamos em outro artigo, as últimas pesquisas sobre o tema já conseguiram identificar entre 700 e 800 genes como causadores de alguns quadros de autismo. Mas, muito embora a ciência siga evoluindo bastante no que diz respeito às causas genéticas para o TEA, este método ainda não pode ser garantia de diagnóstico, ou prova de que não é autismo. O Tua Saúde é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde, nutrição e bem-estar.

Como buscar o diagnóstico de autismo

Quando ocorrem, o ideal é que a criança seja consultada por especialista, incluindo neuropediatra e terapeutas, para uma avaliação formal. Uma terceira situação hereditária ocorre quando a mãe com desenvolvimento típico carrega mutações do cromossomo X, causadoras de autismo em meninos. Neste caso, ela tem um risco aumentado (50%) quando tem um filho do sexo masculino, de que ele seja afetado pela doença ligada ao X, e desenvolva o TEA. Nesses casos, a chance de a mesma doença acontecer em outro parente, que não seja filho da pessoa autista, é muito baixa. Aprendemos, nas últimas décadas, que algumas situações não irão causar obrigatoriamente o autismo, porém são importantes fatores de risco, aumentando a chance de uma criança desenvolver o TEA.

A importância do diagnóstico precoce

Tendem a interpretar tudo ao pé da letra e não percebem ironias ou piadas com duplo sentido. Também não costumam compreender a comunicação não verbal, como gestos, linguagem corporal e expressão facial. Especialmente quando o indivíduo tem autismo de alto funcionamento ou Transtorno de Asperger, também chamado de TEA de Nível 1 ou grau leve. A função dos profissionais é estabelecer o impacto e repercussões no desenvolvimento global e processo terapêutico, a fim de estabelecer um Projeto Terapêutico Singular (PTS). O PTS é um conjunto de propostas e condutas terapêuticas articuladas para promover o bem-estar do paciente de forma interdisciplinar.

Resposta do especialista

Através desse conhecimento, esperamos destacar a importância de um diagnóstico preciso e ajudar a fornecer informações valiosas para quem busca mais informação. Hoje, algumas pessoas usam o termo “autismo de alta funcionalidade”, porém esse não é um termo com definição formal. É importante compreender que esta situação é um exemplo de que nem todo paciente autista precisa ter atrasos da linguagem ou déficit intelectual. O diagnóstico do autismo não é por exames – nem exames de imagem, exames de sangue, eletroencefalograma ou outros. O diagnóstico é alcançado por avaliação clínica e funcional do desenvolvimento e comportamento por profissionais capacitados, preferencialmente avaliando este paciente em múltiplos ambientes – domicílio, escola, terapias, entre outros.

O TEA não tem cura, mas o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de práticas para estimular a independência e a promoção de qualidade de vida e acessibilidade para essas crianças. As ferramentas de monitoramento bpc autismo negado o que fazer são usadas para acompanhar o progresso de crianças com autismo ao longo do tempo. Elas podem ajudar a identificar se as intervenções estão sendo eficazes e se há necessidade de ajustes na abordagem de tratamento.

Como ter certeza se é autismo?

Aqui, vale ressaltar que os atrasos na fala não fazem mais parte do diagnóstico como era anteriormente. Isso acontece porque os atrasos na linguagem podem ocorrer por vários motivos. Entretanto, como o atraso para desenvolver a linguagem não acontece em todas as pessoas que estão dentro do espectro autista, os cientistas consideraram que esse aspecto não deveria ser necessário para o diagnóstico. No autismo pode haver dificuldade para usar e compreender a linguagem corporal, gestos e expressões faciais. Por isso, é muito comum que essas pessoas apresentem dificuldade para compartilhar seus interesses e demonstrar sentimentos ou afeto, o que pode ser interpretado de forma errada como indiferença.

Novamente, a severidade e persistência fazem a diferença entre uma criança típica e uma criança autista. Em resumo, um teste genético que demonstra genes ligados ao autismo não significa necessariamente que a pessoa tem o transtorno. Ao mesmo tempo, apenas a ausência desses genes também não garante que não é autismo.

Desde a publicação do DSM-V, a Síndrome de Asperger foi incorporada sob o diagnóstico mais amplo do Transtorno do espectro autista. Portanto, em contextos clínicos modernos, os termos “autismo leve” ou “Síndrome de Asperger” são menos utilizados, preferindo-se referir-se à condição como parte do espectro autista, reconhecendo a diversidade e a variação individual dentro do espectro. Desde a publicação desse estudo falho, uma vasta quantidade de pesquisas rigorosas e abrangentes foi realizada em todo o mundo, envolvendo milhões de crianças, e nenhuma delas encontrou evidências de uma ligação entre vacinas e autismo. As principais organizações de saúde do mundo afirmam categoricamente que as vacinas são seguras e não causam autismo. Evitar vacinações com base no medo infundado de autismo não só carece de fundamento científico, mas também coloca as crianças em risco de doenças graves que as vacinas são projetadas para prevenir. Neste caso, pode-se investigar observando diretamente a criança por meio de vídeos e fotos em plena atividade compartilhada com os amiguinhos ou com a família; ou o profissional pode também visitar a escola para ver a criança diretamente em ambiente social e lúdico.

Trazemos informações sobre remédios, doenças, sintomas, prevenção, vacinas, exames diagnósticos e tratamentos, sempre apoiados no modelo da Medicina baseada em evidências. Comumente, as primeiras manifestações observadas pelos pais são atraso no desenvolvimento da linguagem, não apontar para coisas de certa distância e falta de interesse pelos pais ou em brincadeiras típicas. A detecção precoce pode ajudar a implementar uma intervenção apropriada, o que melhora o prognóstico e diminui o impacto nas esferas familiar e social do transtorno. A Organização Mundial de Saúde estima que, em todo o mundo, uma a cada 160 crianças têm TEA. Já no Brasil, estima-se cerca de 2 milhões de pessoas com autismo, o que corresponde a 1% da população.

Mesmo assim, o diagnóstico precoce permite o desenvolvimento de estímulos para independência e qualidade de vida das crianças. Para isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com uma rede de apoio e assistência a pacientes com essa condição. Além do tratamento profissional, existem várias estratégias que podem ser implementadas para ajudar a gerenciar e melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo, de fato. Isso inclui a criação de rotinas consistentes, o estabelecimento de expectativas claras, o uso de comunicação visual, a promoção da inclusão social e a busca de atividades que sejam do interesse da pessoa.

O sofrimento fetal e a prematuridade também apontam um risco maior de desenvolvimento do autismo. Os testes de daltonismo infantil tem como objetivo avaliar a capacidade da criança em distinguir diferentes tonalidades de cores, o que pode ser feito utilizando cartões, discos coloridos e fios de… Além disso, algumas vezes, exames como a avaliação neuropsicológica e testes auditivos também podem ser indicados para confirmar o autismo. No entanto, essa divisão já deixou de ser utilizada, existindo atualmente apenas o transtorno do espectro autista.

Até 70% das pessoas com transtorno do espectro do autismo podem ter outros problemas de saúde mental concomitantes, podendo muitas vezes causar mudanças e piora em comportamentos que já haviam melhorado. Por exemplo, se uma criança que estava evoluindo bem em seus tratamentos começa a mostrar mais estereotipias ou fica mais agressiva, pode ser que ela esteja enfrentando depressão ou ansiedade. Existe uma diferença entre um traço de personalidade mais introvertido, como a timidez, de um transtorno mental. A timidez não é por si só um transtorno, ela faz parte da identidade de muitas pessoas.