Com essa junção entre desenho e escrita, os egípcios registraram informações sobre a sua cultura, arte, filosofia e etc. Essas formas artísticas de milhares de anos valiam-se da união entre texto e imagem, a fórmula que muitos séculos depois vieram a se tornar as histórias em quadrinhos, e por isso, poderiam ser possíveis formas ancestrais da HQs. As histórias em quadrinhos se encontram entre os mais eficientes e populares meios de comunicação, sendo um dos mais antigos e ao mesmo tempo, um dos mais atuais. Os quadrinhos (também chamados de banda desenhada ou bande dessinée, em Francês, que é a origem desse termo) também são conhecidos como a nona arte, ficando entre a fotografia e os games (oitava e décima, respectivamente), de acordo com uma das recentes classificações das formas de arte.
Quadrinhos de Asterix ajudam a ilustrar ocupação romana nas aulas de história antiga
Também podem ser usados alguns contornos metafóricos, como estalactites (que indicam frieza na resposta) ou pequenas flores (que indicam o oposto). Outra característica dos balões é ajudar a mostrar ao leitor a ordem de leitura e a passagem do tempo. Uma exigência fundamental é que sejam lidos numa sequência determinada, para que se saiba quem fala primeiro. Uma boa atitude é incentivar seus alunos a descobrir vários tipos de balões e a criar os seus próprios.
Planejamento da produção textual: as travessuras nas HQs
Entretanto, existem diversos temas, estéticas, linguagens e universos trabalhados por histórias de quadrinhos e que nem sempre são reconhecidos, como as adaptações de textos literários, os quadrinhos de cunho mais filosófico etc. Adaptações exigem algumas alterações, mas não nos elementos essenciais da história original (portanto, a adaptação deve estar mais para a paráfrase do que para a paródia). Existem adaptações que trazem o texto da obra adaptada com fidelidade e outras que abordam a narrativa por uma perspectiva diferente, mas sem comprometer o enredo original.
Como oferecer uma experiência prática de quadrinhos na escola?
De acordo com a 360 Research Reports, o mercado global de revistas de histórias em quadrinhos movimentou US$ 4,635 bilhões em 2019 e estima-se que este valor atinja US$ 4,686 bilhões no final de 2026. Trocando em miúdos, são histórias contadas com palavras e imagens, as quais são colocadas dentro de quadrinhos (pequenos quadros), como o nome indica. É considerado o primeiro livro de ficção científica da história e, segundo Stephen King, um dos grandes livros do gênero terror.
Conheça a estrutura da história em quadrinhos, narrativa que apresenta recursos com linguagem verbal e não-verbal. Professores e alunos podem discutir mais sobre escolhas e caminhos a partir do mangá independente “Múltipla Escolha”, com arte de Max Andrade e roteiro de Marcel Ibaldo. A HQ narra a história do vestibulando Jef, que há quatro anos presta prova para entrar na faculdade de medicina. “Independente de qual situação a gente está e qual escolha a gente já fez, sempre o próximo passo é uma nova escolha que apresenta a possibilidade de fazer o nosso futuro diferente a partir dali”, resume Ibaldo. Esse é o enredo principal da série de histórias em quadrinhos francesa Asterix, de 1959, que é recomendada para o ensino de história antiga.
Portanto, para além do entretenimento, atualmente têm se destacado no campo educacional, sobretudo por seu papel imagético e lúdico, ajudando na percepção de ideias para melhorar a compreensão de mundo do indivíduo que faz uso habitual desse tipo de literatura. No uso da língua escrita, é comum que os quadrinhos apresentem curtas introduções acima ou abaixo deles e que as falas das personagens sejam inseridas em balões, também é recorrente o uso de onomatopeias para expressar os sons. Quando aplicado uma atividade de história em quadrinhos dentro de uma sala é provável que o professor encontre alguma resistência entre os alunos que dizem não saber desenhar. As histórias em quadrinhos são um formato atual de narrativa que já existe há mais de 35 mil anos, desde a arte rupestre. A história em quadrinhos também pode ser longa e ser publicada em um livro — é o tal romance gráfico.
Após este momento, instigue o grupo a compartilhar suas impressões acerca do material que você trouxe, fomentando algumas características dos livros e gibis. Diante disso, proponha perguntas que possam aprofundar as características do gênero literário. Perceba que AI Comic Factory este é um momento de acolher as proposições formuladas pelas crianças sobre as diferenças de características dos gêneros literários que dispôs. Nas histórias em quadrinhos, os personagens vão à escola e aos parques, têm pesadelos e medo de dentista, por exemplo.
E é essa proximidade com o cotidiano que promove a conexão e cria uma familiaridade entre personagem e leitor. Todos os principais conceitos das artes plásticas estão embutidos nas páginas de uma história em quadrinhos. É possível também encontrar quadrinhos de terror, crime e suspense, os quais, muitas vezes, apresentam vilões e heróis, mas nem sempre com poderes. Fatos históricos também podem ser recontados por meio dos quadrinhos, além dos próprios invadirem outros textos, como o cinema, que já apresenta obras adaptadas à estética das HQs, incluindo-se nelas balões, onomatopeias e outros elementos. Os quadrinhos, por sua predominância textual na imagem, retratam os movimentos e o passar do tempo por meio da sequencialidade de imagens que representam momentos estáticos, mas que, vistos em relação aos outros quadrinhos, contam uma história. Existem muitas HQs que só utilizam a linguagem visual e exploram as aproximações e os distanciamentos, as perspectivas, os exageros, as cores e outros elementos, para representar ou expressar comportamentos, que são compreendidos pelo leitor.
Equivalendo aos dias de hoje, é como se a tiragem semanal estivesse em torno de 860 mil exemplares. Com o passar do tempo, nos séculos XVII e XVIII, as gravuras começaram a abordar aspectos da vida política e social, além de satirizar e caricaturizar. Um dos primeiros criadores britânicos de séries sequenciais de arte satírica foi William Hogarth (1697–1764). Além de serem divertidas, elas ainda trazem uma série de benefícios aos pequenos, o que pode influenciar diretamente no crescimento de seu vocabulário, no fortalecimento da memória e até mesmo em aspectos comportamentais. Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda.
A seguir, confira seis indicações de leituras que podem ser utilizadas pedagogicamente para explicar conteúdos da educação básica. No presente texto, iremos propor a utilização das histórias em quadrinhos como incentivo à leitura dos alunos. Para esta proposta é necessário que você selecione gibis e livros de literatura infantil para o seu grupo. Observe as principais características da estrutura de uma história em quadrinhos, como os balões que compõe as falas e onomatopeias. Prepare uma história em quadrinho para projetar virtualmente, você pode encontrar aqui a inspiração para escolher uma boa história para o seu grupo.
O termo “sétima arte” foi utilizado por Ricciotto Canudo para designar o cinema no “Manifesto das Sete Artes” em 1912 (publicado em 1923). A partir daí, outros autores se empenharam em continuar essa numeração (sendo a mais comumente utilizada advinda de estudiosos europeus). Os quadrinhos foram nomeados como a 9ª arte por volta dos anos 60 pelo crítico Claude Beylie.
Após esse primeiro momento de aproximação com os quadrinhos na sala de aula, recolhemos o material e iniciamos a aula, questionando-os sobre aquelas revistas, o que eram, se gostavam, quando começaram a lê-las e por fim, perguntamos se saberiam dizer em qual gênero os quadrinhos se encaixavam. Esse momento de interação é importante para a verificação dos saberes dos alunos e as dúvidas, para que a aula ocorra de modo a instruí-los e sanar o máximo de dúvidas possível. Após o último questionamento sobre quais era o gênero dos exemplos na apostila, que os alunos não souberam responder, foi iniciada a aula sobre o gênero quadrinhos. Temos como exemplo a adaptação em quadrinhos A Terceira Margem do Rio em Graphic Novel do conto de João Guimarães Rosa extraído do livro Primeiras Estórias, Editora Nova Fronteira – Rio de Janeiro, 1988, pág. Produzida por Maria Helena Rouanet e Thais dos Anjos, essa adaptação está entre as obras do acervo do MEC de 2013 como obra a ser trabalhada no Ensino Médio. Essa adaptação é feita majoritariamente por ilustrações coloridas que, com riqueza de detalhes, substituem a maior parte das palavras do conto.