É tesão ou é amor? Descubra como diferenciar


O autor já na década de 1970 afirmava que a vida pública se tornou um fardo, pois o sujeito mergulha cada vez mais no interior de sua vida afetiva e no seu próprio eu. Nessa perspectiva, o conceito de narcisismo é apresentado como operador teórico para compreender o fenômeno do declínio do homem público, uma vez que as pessoas não são interessantes em si, mas são sempre avaliadas a partir de uma lógica utilitária e narcísica. •Você já conheceu pessoas, teve relacionamentos amorosos por meio da internet ou conhece alguém que teve? Mesmo dentro de um novo contexto onde a relação é negociada, homens e mulheres têm claras distinções representacionais da relação. Corroborando Rieth (2002), foram encontradas representações diferentes de acordo com o sexo, confirmando o estereótipo feminino relacional e emocional; e o masculino, racional e afirmativo.

A imagem virtual que passava uma ideia de consistência vacila, restando ao sujeito o mal-estar de ter submergido à presença do gozo inominável. A internet, portanto, mesmo no campo amoroso, não garante a unidade do eu, pois o sujeito pode ser confrontado com o insuportável que pretendia ignorar. Apesar das críticas que fazem à publicação da vida privada, alguns reconhecem que essa é uma exigência da cultura atual e que é difícil não responder a esse imperativo de exposição na rede, principalmente na adolescência, quando o sujeito busca a aceitação social. Célia afirma ter resolvido esta questão através da ação de divulgar coisas consideradas por ela sem importância. Marco, por sua vez, acredita que as pessoas tendem a publicar apenas experiências felizes. O presente estudo caracteriza-se por uma análise estrutural das representações sociais do namoro.

A noção de amor, que foi a mais freqüentemente evocada, e, portanto, aparentemente central, tem neste campo representacional um papel subalterno, ligado sobretudo a idéias de indissolubilidade do relacionamento. É desse modo evidente que as representações sobre a individualidade e, conseqüentemente, sobre as relações interpessoais e conjugais fazem parte de um contexto social socialmente compartilhado. Neste contexto, ganha relevância e sentido para a investigação das relações íntimas a análise das representações sociais a elas vinculadas.

A sua problematização associada às relações de intimidade e do amor em muito influenciou a argumentação no sentido da democratização da intimidade. Tendo em vista esse contexto, seríamos então levados a dar uma parte de razão ao antropólogo inicialmente citado ao considerar uma abjeção o sexo divorciado do amor? Afinal, não é por outra razão que o filósofo francês Gilles Lipovetsky (1987) considera a sociedade ocidental contemporânea “pós-moralista”, a qual coloca o bem-estar pessoal acima dos ideais de desprendimento e devotamento ao outro. Apesar disso, ele não pensa que o melhor seja romper com o liberalismo conquistado a duras penas, mas torná-lo melhor, humanizá-lo, pois, apesar de todos os seus defeitos, nada melhor foi até agora apresentado. Quem sabe, com o tempo, possamos nos reencontrar com o amor que, na pós-modernidade, de acordo com a psicóloga Liliana Amaya, esconde-se nos sonhos dos corações inocentes…

Os discursos da aspiração à romanticidade parecem continuar a ecoar no pensamento colectivo e a propagar-se como legitimação para a sustentação da intimidade (signifique ela um contexto de paz ou de guerra). Os discursos genderizados sobre a intimidade e o amor romântico têm fortes implicações nas relações entre os sexos, porque, ao estarem imbuídos de concepções de poder desniveladas e legitimadoras de acções que visam garantir a continuidade do sistema patriarcal, tornam-se discursos de risco para as mulheres. No entanto, ainda faz parte da nossa lembrança o tempo em que os pais, sutil ou declaradamente, escolhiam os cônjuges para seus filhos de acordo com os relacionamentos familiares e os interesses políticos ou financeiros. Em muitas cidades do interior, há vários exemplos de famílias que se encontram unidas há várias gerações pelo casamento, sustentando e aumentando seu patrimônio econômico, bem como famílias nas quais os jovens não podem se casar porque seus pais, por razões políticas ou de outra natureza, encontram-se brigados.

Amor ou sexo: o que é mais importante? 7 pistas para a resposta definitiva!

Jodelet (1989) conceitua as representações sociais como “uma modalidade de conhecimento, socialmente elaborada e partilhada, que tem um objetivo prático e concorre para a construção de uma realidade comum a um conjunto social” (p. 36). O namoro é caracterizado, sobretudo, pela estabilidade da associação entre duas pessoas, que é inversamente relacionado à probabilidade que uma pessoa vai deixar a relação. Refere-se à adesão de uma pessoa a uma relação específica mesmo quando fatores ambientais se interpõem contra a associação (Rodrigues, Assmar & Jablonski, 2002). Segundo Gonzaga, Kelner Londahl e Smith (2001), a presença momentânea e expressa de amor tem um papel crítico na aproximação entre parceiros ao assinalar e fortalecer compromisso e, conseqüentemente, promover comportamentos com-prometidos e a percepção destes pelos parceiros. Atualmente, escreve um longa-metragem para Raccord Produções e está como assistente de sala para uma animação do canal Gloob.

Estas observa��es justificam o comportamento dos jovens expressado porGarcia & Marchi (2001) que exemplifica “Os jovens levam uma vidasexual excessivamente ativa, o que eleva os �ndices de DSTs, devido a intensatroca de parceiro, a falta de maturidade e conhecimento do pr�prio corpo”n�o tendo tempo suficiente para o aprendizado sexual. Observamos a import�nciadestas discuss�es para um direcionamento imparcial, defendido por� Braga (2003)onde educa��o sexual� �acaba passando por valores de quem os discute, mas h�necessidade de saber discernir, buscar uma postura �tica, uma atua��odiferenciada�. O projeto amor intimo � uma possibilidade consciente de umaorienta��o sexual pautada na conscientiza��o corporal, evitando os conceitos repressoresque segundo Tiba (2000) �constitui pretensas formas de verdade, ritualizadaspela vida social, onde permanecem at� que sejam substitu�dos�. Na segunda fase do projeto (2004) aplicada a setores da comunidadetemos cartazes, panfletos e v�rios questionamentos que s�o retirados dosencontros ministrado. Narealiza��o deste projeto mantivemos contato entre os participantes com oorientador, dos monitores, com v�rias opini�es e hist�rias de vida em ambienteparticipativo reflexivo das escolhas e pr�ticas que dinamizam a vivencia danossa sexualidade. Os acad�micos levantar�o quest�es e problemas nas quaismostraram os �ngulos de diversas situa��es.

O adolescente deve separar-se da autoridade dos pais, pois a representação simbólica que até então lhe conferia um lugar social não mais se sustenta. Há uma quebra nas condições de representação, e isso remete o sujeito ao traumatismo originário. Assim, o adolescente precisa destituir a família e buscar nos grupos e nas instituições sociais novos apoios para a sua identificação. O título desta seção é uma homenagem explícita ao livro homônimo de Richard Sennett (1988).

O que é amor íntimo?

Assim, os relacionamentos devem ser mostrados para o público em geral, para transmitir uma ideia de felicidade e complementariedade do casal. Além disso, há também um gozo em penetrar na privacidade alheia e conhecer a intimidade da vida amorosa para se ter acesso não só à suposta felicidade dos parceiros, mas, especialmente, aos conflitos e à infelicidade conjugal. As respostas às entrevistas constituíram-se num rico material que foi analisado na perspectiva da análise de conteúdo de Bardin (2009), sendo que, no presente artigo, optou-se por refletir sobre o tema do público e privado na sua relação com a internet e o amor a partir das respostas de alguns entrevistados. Não pretendemos, pois, realizar uma catalogação de todas as respostas dos entrevistados, mas, a partir de algumas, refletir sobre os impactos das redes sociais na construção dos relacionamentos e as fronteiras entre público e privado no que tange às relações amorosas. Nesse sentido, este artigo pode ser definido como uma reflexão teórica que se inspira em alguns dados de pesquisa, e não como um relato de resultados de pesquisa.

É tesão ou é amor? Como saber se há sentimento ou só atração sexual

A vontade de estar junto a todo custo é tão grande que às vezes a pessoa nem repara nos sinais vermelhos. Esse deslumbramento só surge porque não deu tempo de desenvolver intimidade ou compromisso. Trazendo para os tempos mais atuais, em 1986, o psicólogo estadunidense Robert Sternberg criou uma teoria curiosa capaz de mostrar qual o nosso tipo de relação. As evocações que mantinham uma proximidade semântica foram agrupadas em 29 categorias. Essas categorias tiveram uma média de 30,5 evocações, feitas, em média, na 3a das cinco evocações solicitadas.

Meu organizador de casamento

O supereu, no ensino lacaniano, segundo Geraz-Ambertín (2003), é uma instância sedenta por gozo e exige que cada um goze não importando como vai obter este resultado. O supereu pode, por exemplo, cobrar de alguns o cumprimento minucioso da lei e de outros o descumprimento desta como forma de obrigar cada um a materializar seus modos de gozo. Onde o sujeito se sentir oprimido por suas próprias faltas, lá estará o supereu para amaldiçoar seu fracasso e suas desilusões amorosas e ressaltar sua culpa e suas dívidas morais, de performance ou quaisquer outras que se mostrarem mais convenientes para punir. Para o supereu, por meio de suas leis caprichosas com imposições intermináveis e insuperáveis, cada um sempre estará em dívida e culpa, já que ninguém nunca consegue alcançar as metas de gozo esperadas por essa instância, que sempre está disposta a exigir um pouco a mais. Esse modo de gozo centrado no olhar, contudo, foi de sobremaneira intensificado pelas redes sociais virtuais. Ver e se dar a ver, em um movimento pulsional que cada vez mais escraviza o internauta – principalmente os adolescentes, completamente inseridos nessa tecnologia -, que goza ao olhar e ao se comparar às imagens do outro na árdua tarefa de se tornar objeto olhado.

Com alguma frequência, os autores concebem amor e paixão em franca oposição, como sentimentos incompatíveis, e consideram os estados de apaixonamento uma idealização romântica, própria das ligações afetivas dos jovens ou dos estágios iniciais e passageiros das relações amorosas dos adultos, que a convivência e o tempo esvanecem. Nesses Xvideos casos, o prazer proporcionado pela relação sexual ocupa um lugar privilegiado nos anseios do casal, que põe à disposição dessa experiência toda a sua criatividade para integrar seus impulsos amorosos e agressivos em um corajoso ato de entrega total, mesmo em idade avançada. Quando isso acontece, o casamento tende a se manter e as outras áreas do relacionamento conjugal se mostram menos conflitantes. Portanto, não exageram os que afirmam que uma vida sexual excitante e prazerosa é a base de sustentação do casamento e a barreira que necessitamos para nos proteger das exigências impostas pelo cotidiano, impedindo que elas açambarquem o relacionamento conjugal. Esse rico manancial de possibilidades e informações abre espaço, inclusive, para uma maior exploração do eu, visto que o sujeito pode apreender sobre os sintomas de uma possível doença em um clique de mouse, pode responder a testes que revelam características de sua personalidade e realizar experiências amorosas sem sair da frente da tela do computador.