Impactos da indústria da moda no meio ambiente

Impactos da indústria da moda no meio ambiente

Através das roupas, acessórios e estilo de vida que escolhemos, podemos mostrar ao mundo quem somos e o que valorizamos. Como podemos observar, o impacto da moda no meio ambiente é de suma importância e cabe a nós, por meio das nossas escolhas enquanto consumidores, visar pelo meio menos destrutivo. Foi por isso que o PET ESA montou um mapa com os principais brechós em Salvador, para que possamos fechar o ciclo do impacto de forma mais sustentável, contribuindo com a economia local, com a não degradação ambiental e com o trabalho justo . A produção de roupas e acessórios, muitas vezes, envolve a contratação de trabalhadores em países em desenvolvimento, onde os salários são baixos e os direitos trabalhistas são limitados. É por isso que o uso irresponsável de recursos hídricos é também tido como um dos vilões da indústria da moda.

Para Verdier, a questão vem sendo discutida na região há 15 anos, mas as crescentes evidências dos danos e consequências da crise climática e ecológica aceleraram ainda mais o movimento. “As microfibras plásticas que saem do vestuário sintético para a água representam 85% do material sintético encontrado ao longo das margens do oceano, ameaçando a vida marinha e acabando em nosso suprimento de alimentos”, advertiu Chávez. “É normal que haja mudanças e tendências, mas o que não é normal é que seja a cada duas semanas”, alerta a pesquisadora. Nos anos 1950, os jovens não precisavam mais ir para a guerra, o que levou a um aumento da mão-de-obra disponível.

Exploração de mão de obra barata

A moda sustentável é a área desse setor que se preocupa em pensar em soluções mais responsáveis social e ambientalmente para todo o ciclo de vida de uma roupa. “Setenta por cento dos impactos ambientais e sociais do ciclo de vida de uma peça de jeans é feito durante a produção. O restante dos impactos estão no descarte irregular”, diz Colerato citando dados do relatório Fios da Moda 2021, realizado pelo Modefica. A “moda rápida” consiste em rápida produção e consumo de roupas sustentáveis de baixo custo. Além disso, o uso de produtos químicos na produção de roupas e tecidos pode contaminar as fontes de água, prejudicando a qualidade da água e a vida aquática. As toneladas de resíduos têxteis são um dos principais vilões da indústria da moda.

Quais são os impactos positivos da moda?

Qual o impacto da moda sustentável no meio ambiente?

Para Opazo, a moda é um reflexo de tempos e comportamentos, de momentos e movimentos sociais, e não há nada de superficial nisso. Leia mais matérias sobre ESG e sustentabilidade sob a ótica de Vogue em UmSóPlaneta. Essa matéria faz parte da iniciativa #UmSóPlaneta, união de 19 marcas da Editora Globo, Edições Globo Condé Nast e CBN.

Invista na mudança de perspectiva

Segundo o Global Slavery Index, de 2018, disponibilizado pela fundação Walk Free, a moda é o segundo setor que mais explora pessoas. A escolha das matérias-primas se baseia em vários critérios, incluindo a sustentabilidade do material em si, a forma como é produzido e a disponibilidade do material. Seu objetivo é minimizar o desperdício e a poluição, bem como promover práticas éticas na indústria. lace cabelo humano Por isso, surge essa filosofia que se baseia em conceitos como slow fashion e eco-friendly. “Porque antes dos grandes desafios que as empresas e os governos devem assumir com urgência, existe o compromisso individual.” Para Simon, o evento procura interpelar as pessoas, amplificar vozes não ouvidas ou marginalizadas e trabalhar cooperativamente para encontrar soluções eficazes.

Eles também vêm optando por empresas que priorizam os cuidados com o meio ambiente e o futuro do planeta. No entanto, é importante lembrar que a moda também pode ser usada como uma forma de exploração e opressão. Devemos lutar contra o trabalho escravo, a exploração infantil e outras práticas injustas na indústria da moda. “É o primeiro em uma longa lista de projetos”, contou Federico Marchetti, ex-CEO da Yoox Net-a-Porter e diretor da Fashion Taskforce, à Vogue. “Estamos comprometidos como um progresso em direção à moda regenerativa; eu realmente acredito que a moda pode ter um impacto positivo.” A moda sustentável é um conceito que procura criar um sistema de moda sustentável em todas as suas dimensões, desde a proteção ambiental até à inclusão econômica e social.

Por outro lado, a “moda devagar” ou slow fashion é uma alternativa sustentável à moda rápida. Isso envolve o uso de mão-de-obra barata, materiais de baixa qualidade e técnicas de produção em massa, a fim de produzir rapidamente um elevado volume de vestuário a baixo custo. Esses trabalhadores frequentemente trabalham em condições precárias, incluindo longas horas de trabalho, baixos salários, falta de segurança no trabalho e exposição a produtos químicos perigosos. Esse uso excessivo de recursos hídricos pode levar à escassez de água em áreas onde a água já é limitada, especialmente em países em desenvolvimento. Nos anos 2000, novos movimentos de sustentabilidade na moda começaram a surgir como parte do desenvolvimento da moda sustentável. Ao mesmo tempo, a sustentabilidade na moda também defende que ela seja mais durável e atemporal, sem encorajar o consumo excessivo de roupas descartáveis.

“Podemos reutilizar peças de vestuário de diferentes maneiras. Você pode apelar para sua própria criatividade, dando outro uso à peça de vestuário original. Outra opção é vender o vestuário em lojas de segunda mão ou mesmo trocá-lo com um amigo”, disse Gougy. Todos os especialistas maio manga longa consultados concordam que o nível atual de consumo é insustentável. “Para que a indústria têxtil como um todo seja sustentável, precisamos de uma mudança política e estrutural.” Foi precisamente a angústia de ver essa situação que a levou a criar sua própria marca em 2009.

A mudança de uma peça de vestuário da China para um país latino-americano, por exemplo, não gera os mesmos danos ambientais que uma peça de vestuário que é fabricada e distribuída dentro da mesma região, país ou cidade. Conforme a Fundação Ellen MacArthur, além do carbono emitido no processo de produção e descarte da indústria, dado o curto ciclo de vida das coleções, é imenso, e, anualmente, em torno de 500 bilhões são perdidos com o descarte de roupas nos aterros sanitários. Quando ocorre a criação de peças, por exemplo, 25% de tudo que é produzido, vira lixo, isso sem falar no descarte, onde praticamente nada é reaproveitado. Os resultados mostraram que a indústria brasileira gasta, em média, 5.196 mil litros de água para produzir uma única peça de calça jeans.